volúpia azul

16 fevereiro 2006

Hábitos que nem sempre fazem o monge

Em resposta ao desafio dos dias maiores:

1 - Costumo dedilhar guitarras e tocar pianos imaginários, como se participasse numa banda sonora sem som nem instrumentos.
2 - Distraio-me a observar os outros na rua ou nos transportes ou em salas de espera, quase compulsivamente. Construo histórias sobre quem são, o que são, de onde vêm, para onde vão. Sobretudo se os outros forem giras...
3 - Tenho uma desconfiança imediata em relação às multidões. As multidões são estúpidas, já se sabe. E por isso tenho medo de fazer parte delas.
4 - Não gosto de misturar espaços físico-psicológicos: faz-me impressão ver alguém de roupão e pantufas no meio da rua, não gosto de andar com os sapatos da rua em casa.
5 - Esforço-me por desenvolver metodologias para quase tudo, mas raramente consigo pô-las em prática. Sinto-me frequentemente num caos organizado. E às vezes (poucas) isso agrada-me.

09 fevereiro 2006

Idiossincrasias (II)

Um grupo de filósofos publicou um tratado sobre a ignorância e a felicidade.
Chamaram-lhe A Alegria da Caverna.

01 fevereiro 2006

Contos da caixa baixa (II)

O revisor estacara naquelas palavras: Cogito sum.
Pensou: «expressão estrangeira = itálico». Apontou a caneta e marcou: Cogito sum.
Mas ainda havia algo de estranho. Cogito sum não fazia sentido.
Faltava ali qualquer coisa. Deu voltas à cabeça mas não percebia o que era.
Estava a perder o latim...

Idiossincrasias

Já me acusaram de ser repetitivo. Vejam só, já me acusaram de ser repetitivo!
Nunca ouvi tamanho disparate. É que em toda a minha vida nunca ouvi tamanho disparate.